Os agentes municipais de endemias e os comunitários do Programa de Saúde da Família (PSF) de Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador, suspenderam as atividades na sede e zona rural e marcharam pelas ruas centrais da cidade, na manhã desta quarta-feira, 8.
O grupo passou em frente ao prédio da Prefeitura e se concentrou nas imediações da Secretaria de Saúde. A paralisação de advertência, segundo nota emitida pela Delegacia do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), cobra da administração municipal a abertura das negociações salariais.
“Também cobramos uma posição sobre o contrato do município com a Associação de Apoio à Saúde Conquistense (Asas)”, destaca a nota. A Asas é uma entidade que disponibiliza recursos humanos para saúde do município.
De acordo com a presidente do sindicato em Conquista, Riza Suzana, os agentes comunitários de saúde e endemias podem paralisar as atividades nas próximas horas.
“Além da aprovação do projeto de lei que regulamenta o piso salarial, cobramos também o plano de cargos e carreira, mas até o momento a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não se manifestou sobre o assunto. Já solicitamos uma reunião e não houve resposta”, informou. “Vamos retornar ás ruas ainda esta semana e, provavelmente, já em greve”.
A SMS, em nota, informa que “os agentes municipais de endemias participam de uma paralisação nacional já que os salários da categoria são definidos em nível nacional”. Em relação aos agentes comunitários de saúde, a SMS garante que “as negociações com a categoria começam ainda nesta quarta-feira”.
Caso ocorra a paralisação por tempo indeterminado dessa categoria, os servidores da saúde se juntarão aos professores da rede municipal, em greve há mais de duas semanas. Os docentes ocuparam a sede da Prefeitura na tarde dessa terça-feira e retornam às ruas até o fim da semana, com mobilizações em escolas e distritos.
A paralisação, deflagrada pelo Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp), atinge 90% dos 1,2 mil professores, deixando sem atividades letivas um contingente de 42 mil estudantes.
Além de reajuste salarial, a categoria quer avaliar pontos do Regime Jurídico Único (RJU), instrumento que norteia a relação de trabalho do funcionalismo público municipal, incluindo professores e discutir o Estatuto do Magistério e o Plano de Cargos e Salários (PCS).
A Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria de Educação, informa em nota que “encaminhou à Câmara de Vereadores Projeto de Lei que prevê o reajuste salarial dos professores municipais” e que, “caso seja aprovado, o piso salarial passará a R$1,2 mil, sem contar a incorporação de vantagens. Nenhum professor terá reajuste inferior a 6,86%”.
Juscelino Souza
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