Em torno de 100.000
pessoas de todo o mundo celebrarão no próximo dia 20 de maio a Vigília
Internacional sobre a AIDS para recordar aqueles que perderam suas vidas como
consequência da enfermidade e apoiar aqueles que vivem com HIV ou se veem
afetados pelo seu impacto. Apoiados por líderes comunitários, empresários e
religiosos de 500 cidades e povos de 115 países, os participantes da Vigília
têm pedido a todos os atores da resposta ao HIV que atuem com maior
intensidade.
"A Vigília
Internacional sobre a AIDS é um lembrete vivo de nossa constante batalha contra
essa enfermidade tão letal”, afirma Mayowa Joel, coordenador da Vigília na
Nigéria. "Recordar aos amigos e entes queridos que perdemos pela AIDS é
essencial nesse momento em que os financiamentos diminuem e mudam as
prioridades de saúde e desenvolvimento, o que ameaça os avanços que temos
realizado para acabar com a Aids e reduzir a propagação do HIV e outras
enfermidades intimamente relacionadas, especialmente a tuberculose”.
Segundo as últimas
estatísticas de ONUSIDA, em todo o mundo cerca de 34 milhões de pessoas vivem com
a Aids. Aumentar o acesso ao tratamento tem conseguido estabilizar a epidemia,
no entanto morrem a cada ano 1,8 milhões de pessoas de enfermidades
relacionadas à Aids, enquanto em torno de 2,7 milhões de pessoas se infectam.
Anualmente, pelo menos 390.000 crianças nascem com o HIV, algo que é
absolutamente prevenível com o conhecimento médico atual.
As pessoas que têm
participado da Vigília Internacional desse ano solicitaram aos governos e aos
organismos internacionais que garantam que mais pessoas possam ter acesso a
melhores serviços sanitários, assim como ao tratamento do HIV. Também pediram
aos governos locais e nacionais que façam mais para defender os direitos das
pessoas que vivem com o HIV e deixem de tolerar o estigma e a discriminação.
Segundo os
participantes da Vigília, a resposta ao HIV só terá êxito quando se converter em
um esforço que aborde e se sustente nas necessidades de todos os afetados pelo
HIV, incluindo as pessoas que vivem com o vírus e grupos específicos como
homens que têm relações sexuais com homens, usuários de drogas, profissionais
do sexo, mulheres e jovens.
Promover
conjuntamente a saúde e a dignidade é o tema da Vigília desse ano. Salienta que
não se pode preservar a saúde nem o bem-estar se não se respeita a dignidade da
pessoa e se promovem ou protegem os direitos de todos. Promover conjuntamente a saúde e a dignidade está intimamente
relacionado ao marco baseado nos direitos da Saúde, dignidade e prevenção
positivas, que focam na saúde e no bem-estar das pessoas soropositivas.
Desenvolvido pela UNISIDA e GNP+, este marco tem servido como referência para
as políticas nacionais que respondem às necessidades das pessoas que vivem com
HIV em todo o mundo.
Histórico
A Vigília
Internacional sobre a AIDS, coordenada pela Rede Mundial de Pessoas que Vivem
com o HIV, é uma das maiores e mais antigas campanhas de mobilização popular
para promover a sensibilização sobre o HIV no mundo. Começou no ano de 1983 e
se celebra a cada terceiro domingo de maio sob a liderança de organizações
comunitárias, sanitárias e religiosas de 115 países. A Vigília, tendo em conta
que 33 milhões de pessoas vivem atualmente com o vírus, é uma intervenção
importante para promover a solidariedade mundial, reduzir o estigma e a
discriminação e dar esperança às novas gerações.
Para muitos
organizadores, a mobilização comunitária para a Vigília começa no Dia Mundial
de Combate à Aids (1º de dezembro) e acaba com o ato internacional de maio. As
organizações coordenadoras são diversas e nelas se incluem as principais redes
da população, organizações de serviços, instituições acadêmicas, centros de
atenção sanitária, grupos religiosos, empresas, meios de comunicação, entre
outros.
Os atos de
comemoração vão de pequenas vigílias comunitárias a celebrações nacionais que
transcorrem durante dias. Para além da memória, muitas organizações
coordenadoras utilizam a Vigília como uma oportunidade para promover os
serviços locais do HIV, fomentar a educação e o diálogo comunitário e defender
a melhora das políticas públicas.
A liderança das
pessoas que vivem com HIV e daqueles afetados pelo vírus é um aspecto essencial
da Vigília. O fato de que é liderado pelas comunidades é o que torna este
evento tão especial e importante.
Para mais
informações sobre a Vigília Internacional sobre a AIDS, entre em contato com
GNP+ (Martin Stolk, Oficial de Relações Exteriores e Comunicações, pelo correio
eletrônico communications@gnpplus.net ou pelo telefone +31-20-423 4114)
Fonte: ADITAL
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