Gestores municipais que quiserem aderir a Semana Saúde na Escola receberão apoio financeiro para ações do Programa Saúde na Escola
Até 24 de fevereiro, osmunicípios que fazem parte do Programa Saúde na Escola (PSE) podem se inscreverpara participar da Semana Saúde na Escola, que de 5a 9 de março vai mobilizar as comunidades escolares sobre o tema da obesidade, a ser trabalhado nas escolas ao longo do ano letivo de 2012. A adesão representa um apoio financeiro adicional para ações do PSE.
De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. Ainda segundo a POF, os jovens de 10 a 19 anos com excesso de peso passaram de 3,7%, em 1970, para 21,7%, em 2009. A manutenção do peso adequado desde a infância é um dos principais fatores para a prevenção de doenças na fase adulta.
Como parte do PSE, a semana visa alertar os estudantes da rede pública da educação básica sobre o problema comações deavaliação das condições de saúde,prevenção, promoção eeducação permanente de profissionais, adolescentes e jovens. Em parceria, os ministérios da Saúde e da Educação integram as redes de educação e o Sistema Único de Saúde, articulando as equipes de saúde da família e as de atenção básica com as escolas.
“Na prática, o trabalho integrado gera ações de promoção para a saúde, estimulando a alimentação saudável, bem como práticas corporais e atividade física. A prevenção do tabagismo,do uso de álcool e daviolência também faz parte das ações que o programa incorpora ao cotidiano das escolas municipais que dele participam”, explica a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime.
A adesão à mobilização é voluntária e pode ser realizada pela equipe da escola em parceria com a equipe de saúde da família. Para habilitar-se, os municípios e o Distrito Federal deverão ter concluído o processo de pactuação das metas do Programa no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (SIMEC).
Para apoiar a realização das atividades da Semana, estão previstos incentivos financeiros para os municípios e o Distrito Federal. O valor total do incentivo será repassado de acordo com a quantidade de equipes de saúde da família que aderirem e informarem no SIMEC o resultado das ações realizadas. O repasse será feito pelo Fundo Nacional de Saúde e corresponde a 1/12 da parcela mensal da equipe de saúde da família. “O importante é dar continuidade do desenvolvimento das ações da mobilização ao longo do ano letivo”, resume a coordenadora.
Articulação entre as redes públicas de Saúde e de Educação
Entre as atividades propostas para semana, duas serão obrigatórias: avaliação antropométrica dos educandos e agendamento de visitas guiada das famílias às Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os gestores da saúde e da educação poderão optar por mais um conjunto de atividades que envolvem os temas de promoção da alimentação e modos de vida saudáveis, saúde sexual e reprodutiva, álcool e outras drogas, diversidade sexual, bullying, homofobia, discriminação e preconceito no cotidiano da escola.
“A articulação intersetorial das redes públicas de saúde e de educação e das demais redes sociais para o desenvolvimento das ações do programa implica mais do que ofertas de serviços num mesmo território”, esclarece a coordenadora do Programa Saúde na Escola, do Ministério da Saúde, Raquel Turci Pedroso. Ela ressalta que o programa vai consolidar redes de corresponsabilidade para assegurar promoção e prevenção à saúde, avaliação clínica e formação de educandos.
Com a avaliação, os estudantes terão peso e altura monitorados, receberão orientação nutricional e serão acompanhados por profissionais de saúde bucal, oftalmológica e auditiva. As atividades de promoção e prevenção à saúde vão abordar temáticas de saúde sexual e reprodutiva, DST/Aids, gravidez na adolescência, drogas, diversidade sexual, bullying e alimentação saudável, entre outras. “Em 2012, a formação atingirá mais de 55 mil escolas e mais de 10 milhões de estudantes de todo país”, prevê Raquel.
Fonte: Portal da Saúde
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