Os servidores da AMC alegam que o agente só entra na escala de hora extra da Autarquia se aplicar multas
O clima entre Prefeitura e os servidores e empregados públicos municipais segue em seu período de agitação. Ontem, agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) em greve desde a última sexta-feira, dia 3, denunciaram que o órgão pressiona por produção de multas ao invés de cuidar do tráfego. Os funcionários alegam também que o agente só entra na escala de hora extra da Autarquia se multar.
De acordo com Eriston Ferreira, que é agente de trânsito e também vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza (Sindfort), alguns agentes fazem a denúncia de pressão por produção de multas e o que se constata é que tanto a direção da AMC quanto a Prefeitura direcionam sempre os agentes de trânsito a atuarem na fiscalização.
"No dia a dia e nas ações de horas extras, as operações que estão sempre agendadas são todas de fiscalização e nada de cunho educativo ou de controle de tráfego", afirma Eriston.
O vice-presidente do sindicato da categoria acrescenta que, nesta quarta-feira, o Sindfort estará ingressando com ação na Justiça solicitando a abertura de contas da AMC, que segundo ele, "há indícios de irregularidades cometidas na compra de material e na política de aluguel de equipamentos para o órgão".
Prefeitura
O presidente da AMC, Fernando Bezerra, afirma tratar-se de denúncias mentirosas. "Isso nunca existiu dentro da AMC, mesmo antes de nossa gestão. Tem agente de trânsito que não faz nenhuma multa, mas ganha hora extra, por trabalhar no fim de semana. Existem os que trabalham internos e ganham horas extras. Então como é que existe esta escala? Isso é desespero de quem quer ter um motivo para a greve e acaba afirmando inverdades", disse.
Conforme o dirigente, em nenhum momento, agentes receberam pressão para multarem. "Temos uma filosofia totalmente diferente do que esses agentes pensam. Quanto menos multa tiver o trânsito em Fortaleza, mais organizado e ordeiro ficará. Nós temos condições de encontrar recursos para fazer a engenharia e a sinalização do trânsito funcionarem sem dinheiro de multa", acrescenta Bezerra.
Com relação à abertura das contas do órgão o presidente da AMC diz que "o Sindfort pode fazer o que quiser, nossa administração é aberta e transparente. Se acham que tem irregularidades na empresa que averiguem", completa.
Ontem, a Prefeitura, por meio da Procuradoria Geral do Município, entrou na Justiça pedindo a ilegalidade e a abusividade da greve dos agentes da AMC. A Prefeitura informa que vai abrir inquérito administrativo para apurar possíveis danos causados ao patrimônio público durante a invasão à sede da AMC, na última segunda-feira. Os agentes de trânsito em estágio probatório vão ser convocados a se apresentar hoje, sob pena de demissão.
Hoje, no Sindfort, acontece negociação entre Prefeitura e servidores. As paralisações pontuais em alguns órgãos continuam durante todo o dia. Já na quinta-feira, acontecerá assembleia na Câmara Municipal quando poderá ser decretada greve geral por tempo indeterminado.
Grevistas ocupam prédio da SMS
As ruas Monsenhor Luiz Rocha e do Rosário, no Centro, foram ocupadas, na manhã de ontem, pelos agentes comunitários de saúde e endemias, que iniciaram paralisação no último dia 27. O objetivo era não deixar ninguém entrar ou sair do prédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e conseguir negociar as suas reivindicações com a Prefeitura.
A maioria dos agentes se concentrou nas duas portas de acesso ao prédio onde funciona a SMS. Enquanto isso, o restante ficava nas vias dando apoio aos demais. Nas duas entradas, foram colocados carros de som. A todo momento os manifestantes utilizavam o equipamento para convocar a titular da SMS, Ana Maria Fontenele, para negociar.
Veículos que passavam pela Rua Monsenhor Luiz Rocha tiveram bastante dificuldade devido ao grande número de pessoas no local. Já a Rua do Rosário, estava totalmente interditada.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Agentes Comunitários e Sanitaristas do Ceará (Sinasce), Alexandre Barroso, ocupar o local foi o meio encontrado pelos servidores para que a Prefeitura atenda as reivindicações.
Entre as principais reivindicações do grupo estão o reajuste salarial de 30%, o repasse de incentivo do Ministério da Saúde, fardamento e melhores condições de trabalho. "A proposta de 3,66% feita pela Prefeitura não tem como ser aceita. Já baixamos nosso reajuste de 33% para 30%", explica.
A coordenadora de atenção básica da SMS, Lidia Dias, afirma que a mudança do reajuste de 33% para 30% não faz a menor diferença para o município. "Pretendemos apresentar nova proposta, mas será menor do que eles pedem", comenta.
Diante do impasse nas negociações com agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde, a Prefeitura enviou ofício à Câmara Municipal para a devolução do Plano de Empregos, Carreiras e Salários (PECS) das categorias que se encontrava em tramitação naquela casa legislativa. Além disso, a Prefeitura irá realizar seleção pública para agentes substitutos.
Ontem, aderiram as paralisações, servidores do Instituto de Previdência do Município (IPM), da SER- IV e também da Usina de Asfalto.
Fonte: Diário do Nordeste
O clima entre Prefeitura e os servidores e empregados públicos municipais segue em seu período de agitação. Ontem, agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) em greve desde a última sexta-feira, dia 3, denunciaram que o órgão pressiona por produção de multas ao invés de cuidar do tráfego. Os funcionários alegam também que o agente só entra na escala de hora extra da Autarquia se multar.
De acordo com Eriston Ferreira, que é agente de trânsito e também vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza (Sindfort), alguns agentes fazem a denúncia de pressão por produção de multas e o que se constata é que tanto a direção da AMC quanto a Prefeitura direcionam sempre os agentes de trânsito a atuarem na fiscalização.
"No dia a dia e nas ações de horas extras, as operações que estão sempre agendadas são todas de fiscalização e nada de cunho educativo ou de controle de tráfego", afirma Eriston.
O vice-presidente do sindicato da categoria acrescenta que, nesta quarta-feira, o Sindfort estará ingressando com ação na Justiça solicitando a abertura de contas da AMC, que segundo ele, "há indícios de irregularidades cometidas na compra de material e na política de aluguel de equipamentos para o órgão".
Prefeitura
O presidente da AMC, Fernando Bezerra, afirma tratar-se de denúncias mentirosas. "Isso nunca existiu dentro da AMC, mesmo antes de nossa gestão. Tem agente de trânsito que não faz nenhuma multa, mas ganha hora extra, por trabalhar no fim de semana. Existem os que trabalham internos e ganham horas extras. Então como é que existe esta escala? Isso é desespero de quem quer ter um motivo para a greve e acaba afirmando inverdades", disse.
Conforme o dirigente, em nenhum momento, agentes receberam pressão para multarem. "Temos uma filosofia totalmente diferente do que esses agentes pensam. Quanto menos multa tiver o trânsito em Fortaleza, mais organizado e ordeiro ficará. Nós temos condições de encontrar recursos para fazer a engenharia e a sinalização do trânsito funcionarem sem dinheiro de multa", acrescenta Bezerra.
Com relação à abertura das contas do órgão o presidente da AMC diz que "o Sindfort pode fazer o que quiser, nossa administração é aberta e transparente. Se acham que tem irregularidades na empresa que averiguem", completa.
Ontem, a Prefeitura, por meio da Procuradoria Geral do Município, entrou na Justiça pedindo a ilegalidade e a abusividade da greve dos agentes da AMC. A Prefeitura informa que vai abrir inquérito administrativo para apurar possíveis danos causados ao patrimônio público durante a invasão à sede da AMC, na última segunda-feira. Os agentes de trânsito em estágio probatório vão ser convocados a se apresentar hoje, sob pena de demissão.
Hoje, no Sindfort, acontece negociação entre Prefeitura e servidores. As paralisações pontuais em alguns órgãos continuam durante todo o dia. Já na quinta-feira, acontecerá assembleia na Câmara Municipal quando poderá ser decretada greve geral por tempo indeterminado.
Grevistas ocupam prédio da SMS
As ruas Monsenhor Luiz Rocha e do Rosário, no Centro, foram ocupadas, na manhã de ontem, pelos agentes comunitários de saúde e endemias, que iniciaram paralisação no último dia 27. O objetivo era não deixar ninguém entrar ou sair do prédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e conseguir negociar as suas reivindicações com a Prefeitura.
A maioria dos agentes se concentrou nas duas portas de acesso ao prédio onde funciona a SMS. Enquanto isso, o restante ficava nas vias dando apoio aos demais. Nas duas entradas, foram colocados carros de som. A todo momento os manifestantes utilizavam o equipamento para convocar a titular da SMS, Ana Maria Fontenele, para negociar.
Veículos que passavam pela Rua Monsenhor Luiz Rocha tiveram bastante dificuldade devido ao grande número de pessoas no local. Já a Rua do Rosário, estava totalmente interditada.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Agentes Comunitários e Sanitaristas do Ceará (Sinasce), Alexandre Barroso, ocupar o local foi o meio encontrado pelos servidores para que a Prefeitura atenda as reivindicações.
Entre as principais reivindicações do grupo estão o reajuste salarial de 30%, o repasse de incentivo do Ministério da Saúde, fardamento e melhores condições de trabalho. "A proposta de 3,66% feita pela Prefeitura não tem como ser aceita. Já baixamos nosso reajuste de 33% para 30%", explica.
A coordenadora de atenção básica da SMS, Lidia Dias, afirma que a mudança do reajuste de 33% para 30% não faz a menor diferença para o município. "Pretendemos apresentar nova proposta, mas será menor do que eles pedem", comenta.
Diante do impasse nas negociações com agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde, a Prefeitura enviou ofício à Câmara Municipal para a devolução do Plano de Empregos, Carreiras e Salários (PECS) das categorias que se encontrava em tramitação naquela casa legislativa. Além disso, a Prefeitura irá realizar seleção pública para agentes substitutos.
Ontem, aderiram as paralisações, servidores do Instituto de Previdência do Município (IPM), da SER- IV e também da Usina de Asfalto.
Fonte: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário