Foto: equipe força tarefa - Arquivo |
Estão suspensas as internações e cirurgias no Hospital Municipal Sá
Andrade, localizado em Sapé (a 55 quilômetros de João Pessoa). Na última
terça-feira (19), a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa)
interditou esses serviços após constatar a persistência de
irregularidades graves relacionadas aos procedimentos de esterilização
de materiais e à higiene, que põem em risco a vida dos pacientes.
A
reinspeção feita pela Agevisa atendeu à solicitação do Ministério
Público da Paraíba (MPPB). Apenas o atendimento ambulatorial continuará a
ser feito no hospital. A promotora de Justiça da Saúde, Juliana Couto
Ramos, deve ajuizar nos próximos dias ação civil pública contra o
Município em razão das irregularidades no hospital e da inércia para a
solução dos problemas.
Inércia
Inércia
Dois meses
se passaram e a Secretaria Municipal de Saúde de Sapé não tomou nenhuma
providência em relação às irregularidades constatadas no Hospital
Municipal Sá Andrade.
No início de abril, mais três unidades de
Saúde da Família (a do Portal II, Castro Pinto e Usina Santa Helena) e o
Centro de Atenção Psicossocial (Caps) foram inspecionados, pela
primeira vez, pela Promotoria de Justiça de Sapé, Centro de Apoio
Operacional às Promotorias da Saúde (Caop da Saúde) do MPPB, e órgãos de
fiscalização como Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Farmácia
e Odontologia, Corpo de Bombeiros e Agevisa.
Várias
irregularidades foram encontradas nesses serviços. Na avaliação da
promotora de Justiça Juliana Ramos, há um verdadeiro “descaso” por parte
dos gestores. “Na época, a Unidade de Saúde da Usina Santa Helena
apresentava situação tão precária, que chegou a ser interditada. Já
solicitamos à Vigilância Sanitária uma nova inspeção nas unidades
básicas de saúde para ver que providências foram tomadas, mas, ao que
consta, aparentemente, nada foi feito”, lamentou.
Mais de 50 mil
pessoas vivem em Sapé e o município possui 41 estabelecimentos de saúde,
públicos e privados, cadastrados no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (Cnes). As inspeções nas unidades básicas de
saúde foram feitas por amostragem, seguindo procedimentos
administrativos instaurados na Promotoria de Justiça de Sapé, resultados
de reclamações feitas pela população.
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