Vinte Estados incorporam a paralisação, de acordo com representantes da
categoria, cuja reivindicação principal é por reajuste de 22% nos
salários
Gheisa Lessa - Central de Notícias
A greve dos servidores federais tem adesão de cerca de 450 mil
trabalhadores em todo o País, segundo o secretário-geral da Confederação
dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton
Costa. A Secretaria do Patrimônio da União do Rio de Janeiro iniciou
greve na última quarta-feira, 27, enquanto o Museu do Índio também
aderiu ao "Estado de Greve". No Distrito Federal, os servidores da
Presidência da Funasa decidiram por unanimidade aderir ao movimento. No
Acre, servidores do Incra e Funai também vão cruzar os braços. Ao todo,
há registros de paralisações em 20 Estados.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do
Rio de Janeiro (Sintrasef) informa que o Conselho Deliberativo de
Entidades (CDE) aprovou a realização de um acampamento na Esplanada dos
Ministérios, em Brasília, entre os próximos dias 16 e 20 de julho. No
dia 18 de julho está prevista a realização de uma marcha à Brasília,
para cobrar do governo a resposta das pautas protocoladas. Durante todos
os dias, conforme informações do Sintrasef, haverá atividades políticas
na Esplanada. E no dia 20 acontece uma Plenária Unificada de Avaliação
com todas as entidades que estão com categorias em greve.
O
sindicato registra, até essa sexta-feira, 29, treze órgãos federais, que
compõe o movimento paredista nacional, em greve. O Ministério da
Agricultura, chama seus trabalhadores para participarem das assembleias
diárias e, através da Associação (ASA) convocam também os aposentados e
pensionistas para apoiar a paralisação. De acordo com o Sintrasef a
greve acontece desde o último dia 18 de junho em todo o Brasil, são 20
Estados que incorporam a greve dos trabalhadores da União.
A
categoria reivindica avanços nos processos de negociação e a
apresentação de propostas concretas por parte do Governo, uma vez que o
sindicato já apresentou uma pauta com os tópicos questionados e não
obteve resposta. As categorias têm reivindicações diferentes, mas a
maioria quer reajuste de 22% dos salários.
"Nós não temos nem
data base da categoria, entre as reivindicações, nós pedimos que seja
determinada uma data para aprovação de reajustes e reestruturações",
afirma, Josemilton Costa, também diretor da secretaria de finanças do
Sintrasef.
De acordo com Costa, a categoria pede reestruturação
de carreira, reestruturação da tabela remunerativa, ou seja, revisão
salarial, paridade entre os aposentados e pensionistas e data base para o
dia 1º de maio. Costa afirma ainda que em todos os Estados do País há
adesão à greve, mas que nem todos os trabalhadores paralisaram os
trabalhos, a exemplo do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Fonte: Estadao.com.br