quarta-feira, 25 de abril de 2012

Situação dos ACS de Sapé/PB as vésperas do 1º de maio



SALÁRIO

Sapé recebe do Ministério da Saúde todo mês R$ 871,00 por cada ACS, mas o município só paga R$ 700,00 de salário. (Portaria nº 459/2012);
Somando tudo, a secretaria de saúde retém desde Fevereiro quase 20 mil todos os meses;
O município aderiu ao PMAQ (Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica), onde já está vindo mais recursos para o PSF e que toda a equipe vai receber gratificação que varia de R$ 100,00 a R$ 300,00, mas deixaram apenas os agentes de saúde de fora. Será que os ACS não fazem parte da equipe do PSF? Ou não merecem?

CONDIÇÕES DE TRABALHO

Fardamento: foi distribuído 2 camisas e 2 bonés apenas no primeiro ano desta gestão;
As balanças digitais já não funcionam mais ou não tem pilhas de reposição na secretaria de saúde para mantê-las funcionando;
Já faz seis meses que os ACS não recebem protetor solar;
Material de trabalho é o próprio trabalhador que adquire com seu dinheiro: lápis, caneta, borracha, fichário, prancheta, pastas ou bolsas para colocar seu material de trabalho, agenda, etc;
Já não é mais feito reuniões periódicas com os ACS para planejamento e avaliações das ações;
A educação permanente já não funciona, pois há muito já não é feito capacitação de espécie nenhuma com os ACS, apesar de estar previsto no Plano Municipal de Saúde;

SOBRECARGA

É preciso fazer concurso para preenchimento de áreas descobertas urgentemente;
O último concurso realizado para ACS foi há 10 anos;
Sapé cresceu muito em população (mais de 50 mil hab.) e em conjuntos habitacionais, mais não cresceu o número de ACS;
Muitos agentes são pressionados a fazer cobertura destas novas famílias além das famílias que eles já têm causando sobrecarga. (um exemplo é o conjunto Abel Cavalcante);
Existem muitas áreas descobertas de companheiros que estão de licença por problemas de saúde ou readaptados, ou que faleceram ou que arrumaram outro emprego. Estas áreas estão sendo cobertas por quem já está na função;
Os agentes da zona rural estão com sobrecarga de famílias. Muitos estão com até com 160 famílias (caso de companheiros de Maraú e Inhauá, por exemplo) quantidade acima do normal até para a zona urbana;
Quem trabalha na zona rural encontra muitas dificuldades, tendo que se deslocar a grandes distancias a pé ou tem que gastar do seu dinheiro para usar sua própria motocicleta e abastece-la sem nenhum apoio da secretaria.
Os ACS são muito cobrados pela realização da visita médica aos acamados, mas grandes partes destes profissionais recusam-se a realizar visitas domiciliares;
Existem Agentes de Saúde em Sapé trabalhando doentes: depressão, Síndrome do Pânico, desvios na coluna cervical são as mais comuns. Estes profissionais não tem nenhum apoio da gestão e estão desemparados, tendo que trabalhar doentes.

PSFs INTERDITADOS

Os agentes de Saúde das unidades Santa Helena e Portal II estão trabalhando em condições muito desfavoráveis devido ao fato do fechamento destas unidades pelo Ministério Público e CRM, respectivamente.
Os Agentes Comunitários de Saúde de Sapé se queixam também da enorme desvalorização e descaracterização da sua função por parte da gestão municipal.

Sindicato dos Agentes de Saúde de Sapé e Região - SINDACSACEN

Um comentário:

  1. Pois é amiga!
    Aqui tbm é assim,mas estamos indo pra cima.
    Se agilizem ai tbm,busquem respostas,vcs tem sindicato?
    bjos

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