A terceirização da saúde é uma manobra marôta de privatização e não acontece apenas na Paraíba, veja o relato dos acontecimentos no Rio de Janeiro, onde os trabalhadores mais penalisados tem sido os Agentes de Saúde:
Poucos sabem, mas no Rio de Janeiro o principal programa de atendimento básico à saúde da população mais pobre também está privatizado. O Programa Saúde da Família (PSF), que hoje atende cerca de 25% da população da cidade é gerido pelo Viva Comunidade, uma Organização Social de Saúde (OSS) da ONG Viva Rio.
O prefeito Eduardo Paes considera uma grande conquista a privatização do setor. Num primeiro olhar podemos até nos enganar com os números: em 2008, último ano do governo Cesar Maia (DEM) a cobertura do PSF era de 3,5% da população. Ao tomar posse Paes prometeu elevar a cobertura do PSF para 35% da população até o fim de 2012. De fato, o crescimento da cobertura do PSF está acontecendo como o previsto. No entanto, o crescimento ainda é insuficiente frente às necessidades da população carioca. Em Belo Horizonte, por exemplo, a cobertura do PSF atinge mais de 60% da população.
Além da baixa cobertura do PSF na cidade, a privatização gera outro problema: a insegurança no trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde que recebem um salário mensal baixíssimo de R$ 710,00.
Paes tentará a sua reeleição em 2012. Fará bem se prometer elevar a cobertura do PSF que em 2012 estará em 35% para 70% da população até o fim de seu possível segundo mandato em 2016. Além da expansão do PSF será necessária uma maior valorização salarial dos Agentes Comunitários de Saúde que exercem junto com nossos professores do ensino básico a mais bela profissão de nossa cidade.
FONTE: blog Fatos Sociais
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