Os profissionais da área da saúde, médicos e funcionários responsáveis pelo atendimento à população, estão em greve em Feira de Santana. Esse fato começará a incomodar o contexto local, principalmente porque o Hospital Clériston Andrade não atende somente os quase 600 mil habitantes do município, mas serve de âncora para os municípios de 04 territórios de identidade. A greve é legítima dada as condições precárias de salários e de trabalho da área da saúde no Estado, e principalmente em Feira de Santana.
A mobilização está sendo coordenada pelo Sindimed e pelo Sindsaúde, e está em consonância com o movimento grevista que acontece em todo o Estado. Além dessas entidades que representam os interesses dos trabalhadores/as da saúde pública, o Movimento em Feira de Santana também está contando com apoio da Delegacia Sindical da FETAG-BA e da Coordenação Regional da CTB-Bahia.
Ambas as entidades estão presentes em todas as atividades que estão acontecendo nas principais unidades de atendimento ao público, defendendo os interesses dos trabalhadores/as, bem como sensibilizando a população da importância de lutar por um modelo de saúde pública que possa de fato atender as demandas da população.
Segundo Auzenete Duarte, assessora do Sindicato dos Médicos em Feira de Santana, “os hospitais permanecem lotados, com pacientes pelos corredores, onde não há equipamentos adequados nem direito à privacidade. Os profissionais atuam em situação de sobrecarga, sob desgaste físico e emocional, o que tem levado à redução do número de médicos trabalhando nessas unidades, comprometendo ainda mais a assistência à população”.
Segundo ela cerca de 70% dos profissionais das unidades de saúde no município paralisaram suas atividade no dia de ontem e a greve continuará por tempo indeterminado até o Governo do Estado apresentar uma proposta clara de conformidade com o que reivindica a categoria.
Genaldo de Melo - CTB Bahia
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