Unidade de saúde apresenta condições precárias, diz MPPB.
Contas do FPM de Sapé serão bloqueadas se não sanar irregularidades.
Com redação do G1 Paraíba
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) interditou na manhã desta terça-feira (16) o Posto de Saúde São Francisco, localizado na cidade de Sapé, a 55 km da capital paraibana. A interdição ocorreu após terem sido encontrados medicamentos vencidos, condições precárias de higiene, paredes com infiltração e reboco caindo, segundo a promotora da Saúde Juliana Couto.
De acordo com a promotora, o posto de saúde não apresenta condições de atendimento e por isso os órgãos que participaram da reinspeção decidiram pela nova interdição. Participaram desta vistoria, além do MPPB, Agência Estadual de Vigilância Sanitária e Conselhos regionais de Medicina, Farmácia e Enfermagem.Em abril deste ano, o MPPB realizou uma inspeção neste posto de saúde e encontrou condições precárias de atendimento à população, segundo o órgão. Foi dado um prazo para que a prefeitura de Sapésolucionasse os problemas, como isso não aconteceu, o Ministério Público Estadual e órgãos como a Vigilância Estadual de Saúde decidiram pela interdição.
Na ação desta terça-feira foram encontrados, segundo a promotora, medicamentos vencidos, condições precárias de higiene, paredes com infiltração e reboco caindo. Juliana Couto informou que a esterilização era feita na cozinha, pois na sala de esterilização não havia condições.
“Havia uma risco de infecção muito grande, por isso decidimos pela interdição até que a prefeitura tome as providências adequadas”, explicou a promotora. De acordo com ela, os órgãos de fiscalização e conselhos de classe vão encaminhar os relatórios para a Promotoria que, por sua vez, vai ajuizar uma ação civil pública para obrigar o município a sanar as irregularidades constatadas.
“Será concedido um prazo pelo juiz para a realização das obras. Se não for obedecido, será aplicada uma multa à prefeitura e as contas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) podem ser bloqueadas para que as providências sejam tomadas”, afirmou Juliana Couto.
O G1 tentou entrar em contato com a Prefeitura de Sapé, porém as ligações não foram atendidas.
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