O deputado Luiz Couto (PT-PB) foi o principal vencedor da 18ª edição do
Prêmio Direitos Humanos, maior honraria concedida pelo governo
brasileiro a entidades ou pessoas que desenvolvem ações na área de
direitos humanos. Luiz Couto venceu a categoria Dorothy Stang, a
principal da premiação. Outras 16 pessoas e entidades receberam o prêmio
das mãos da presidenta Dilma Rousseff, ontem à tarde, no Itamaraty. O
jornalista Tim Lopes, assassinado no Complexo do Alemão, no Rio, em
2002, foi condecorado postumamente na categoria “Mídia e Direitos
Humanos”.
Em seu discurso, Dilma afirmou que sentiu na carne o abuso de poder e a “truculência do Estado”. A presidenta, que foi presa e torturada durante a ditadura militar, disse que tem compromisso com a proteção e defesa dos “mais frágeis”. ”Um Estado democrático deve destinar seus recursos e seus esforços para oferecer a toda a população serviços públicos de qualidade, sobretudo saúde, educação e oportunidade”, declarou.
O bispo-emérito de Goiás e assessor da Comissão Pastoral da Terra
(CPT), Dom Tomás Balduíno, e o bispo-emérito de São Félix do Araguaia
(MT), Dom Pedro Casaldáliga, também receberam uma homenagem especial.
Casaldáliga tem sido ameaçado de morte por defender o povo xavante na
retomada da terra indígena Marãiwatsèdè.
Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Luiz Couto foi o
relator da CPI dos Grupos de Extermínio no Nordeste, que recomendou o
indiciamento de cerca de 300 pessoas, entre políticos, juízes, policiais
e promotores em 2005. Jurado de morte por grupos de extermínio, circula
com proteção especial da Polícia Federal. Este ano, foi um dos
agraciados com o Prêmio Congresso em Foco.
Padre ligado à Teologia da Libertação, ele chegou a ser suspenso das
atividades sacerdotais em 2009 por ter defendido, em entrevista ao Congresso em Foco, o uso da camisinha nas relações sexuais e criticado o celibato na Igreja Católica e o preconceito contra os homossexuais.
Fonte: Congresso em Foco
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