quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Luiz Couto vence principal categoria do Prêmio Direitos Humanos





O deputado Luiz Couto (PT-PB) foi o principal vencedor da 18ª edição do Prêmio Direitos Humanos, maior honraria concedida pelo governo brasileiro a entidades ou pessoas que desenvolvem ações na área de direitos humanos. Luiz Couto venceu a categoria Dorothy Stang, a principal da premiação. Outras 16 pessoas e entidades receberam o prêmio das mãos da presidenta Dilma Rousseff, ontem à tarde, no Itamaraty. O jornalista Tim Lopes, assassinado no Complexo do Alemão, no Rio, em 2002, foi condecorado postumamente na categoria “Mídia e Direitos Humanos”.

Em seu discurso, Dilma afirmou que sentiu na carne o abuso de poder e a “truculência do Estado”. A presidenta, que foi presa e torturada durante a ditadura militar, disse que tem compromisso com a proteção e defesa dos “mais frágeis”.  ”Um Estado democrático deve destinar seus recursos e seus esforços para oferecer a toda a população serviços públicos de qualidade, sobretudo saúde, educação e oportunidade”, declarou.

O bispo-emérito de Goiás e assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduíno, e o bispo-emérito de São Félix do Araguaia (MT), Dom Pedro Casaldáliga, também receberam uma homenagem especial. Casaldáliga tem sido ameaçado de morte por defender o povo xavante na retomada da terra indígena Marãiwatsèdè.

Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Luiz Couto foi o relator da CPI dos Grupos de Extermínio no Nordeste, que recomendou o indiciamento de cerca de 300 pessoas, entre políticos, juízes, policiais e promotores em 2005. Jurado de morte por grupos de extermínio, circula com proteção especial da Polícia Federal. Este ano, foi um dos agraciados com o Prêmio Congresso em Foco.

Padre ligado à Teologia da Libertação, ele chegou a ser suspenso das atividades sacerdotais em 2009 por ter defendido, em entrevista ao Congresso em Foco, o uso da camisinha nas relações sexuais e criticado o celibato na Igreja Católica e o preconceito contra os homossexuais.

Fonte: Congresso em Foco

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ACE´s de Sapé esperam receber salário de Novembro amanhã


Depois de muita pressão, confusão e bate boca com o prefeito na sede da prefeitura, os Agentes de Endemias de Sapé esperam receber o pagamento do salário referente ao mês de novembro nesta quarta-feira, (19), segundo o que ficou acertado entre o chefe do executivo e categoria. 

Em relação ao pagamento do 13º ainda não há definição precisa sobre data de pagamento. Os agentes comunitários de saúde receberam hoje, (18).

Datafolha revela queda de confiança na imprensa


by bloglimpinhoecheiroso
Imprensa_MiraWeden, via Advivo
Na pesquisa do Datafolha sobre confiança nas instituições, os resultados são reveladores da sinuca em que a mídia partidarizada está se metendo.
O número de pessoas que “confiam muito” despencou quase 10% – caindo de 31% para 22%. O período de queda coincide com a cobertura do julgamento do “mensalão”. O percentual daqueles que “confiam um pouco” oscilou levemente para baixo: caiu de 51% para 50%. Enquanto a taxa daqueles que “não confiam” de jeito nenhum subiu de 18% para 28%, que é um percentual maior do que os que “confiam muito”.
Analisando, poderíamos dizer que, aproximadamente, só um a cada cinco brasileiros confia plenamente na imprensa. A ampla maioria ou não confia (um a cada três) ou confia com reservas (um a cada dois).
Como as perguntas estão no contexto de uma pesquisa sobre aprovação política pode-se considerar que a desconfiança com relação à imprensa é em relação à cobertura política. Mas este dado precisaria ser melhor explicitado.
O desempenho da imprensa é pior do que o da Presidência em todos os níveis, ficando acima apenas de “Congresso” e “Políticos”.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Representante dos usuários é a nova presidenta do CNS


         
Com 31 votos, a conselheira Maria do Socorro de Souza foi eleita presidente do Conselho Nacional de Saúde, na tarde desta quinta-feira, 13, durante a realização da 50ª reunião extraordinária do CNS. 



Foto: Rafael Bicalho


         O resultado representa dois fatos históricos: pela primeira vez uma representante dos usuários e mulher estará à frente da maior instância do controle social na área da Saúde. "Sou mulher, negra, mãe, avó trabalhadora rural e usuária do Sistema Único de Saúde. Estamos vivendo um intenso e histórico momento no CNS de possibilidade realizar outra democracia dentro do espaço formal que é o Conselho. Sinto-me autorizada para fazer dessa esfera um espaço autônomo e participativo e criar outros pontos de diálogo para enfrentar os desafios do SUS. São 25 anos trabalhando e militando em defesa dos excluídos de causa”, afirmou.
         Ao transferir a presidência para Maria do Socorro, o ex-presidente do CNS, ministro Alexandre Padilha destacou que a eleição da representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) marca a trajetória vivenciada pelo País de mudanças sociais e de inserção das minorias em espaços historicamente fechados. “É com muita alegria que passo a presidência do Conselho para uma mulher e trabalhadora rural”, salientou.
         O conselheiro Clóvis Boufleur, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concorreu também à presidência. Após o término da eleição o conselheiro parabenizou a candidata eleita e afirmou que dará seguimento ao trabalho já desempenhado nos últimos anos como conselheiro baseado em três pilares: justiça, defesa dos mais vulneráveis e luta pela efetividade da saúde pública. "Minha representação dentro do CNS será sempre no sentido desses princípios", ressaltou. 


Mesa diretora
         Sete conselheiros de saúde foram eleitos para compor a Mesa Diretora do CNS conjuntamente com a presidenta. Entre as atribuições da Mesa, prevista no regimento do colegiado, está promover articulações políticas com órgãos e instituições, internos e externos, com vistas a garantir a intersetorialidade do controle social e a articulação com outros conselhos de políticas públicas com o propósito de cooperação mútua e de estabelecimento de estratégias comuns para o fortalecimento da participação da sociedade na formulação, implementação e no controle das políticas públicas, entre outros aspectos.

        Com essa votação, a Presidente da Comissão Eleitoral proclamou eleitos para o triênio 2012/2015 e deu posse aos seguintes integrantes da Mesa Diretora:

        1. Maria do Socorro de Souza
        2. Geordeci Menezes de Souza
        3. Carlos Alberto Ebeling Duarte
        4. Edmundo Dzuawi Omoré
        5. Ronald Ferreira dos Santos
        6. Nelcy Ferreira da Silva
        7. Arilson da Silva Cardoso
        8. Luiz Odorico Monteiro de Andrade

Fonte: Conselho Nacional de Saúde

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sapé: Agentes de Saúde cobram salários atrasados


Agentes de Endemias concederam entrevista na rádio local


Os Agentes de Endemias estão revoltados com o prefeito de Sapé João Clemente. O motivo é o atraso no pagamento dos salários daqueles trabalhadores. O repasse para pagamento foi feito pelo Ministério da Saúde correspondente a quatro meses: setembro, outubro, novembro e dezembro. Apesar disso os agentes de saúde estão com o mês de novembro em atraso e sem perspectivas de quando irão receber o salário de dezembro e o 13º salário.

Os agentes de Saúde passaram a maior parte da manhã de hoje tentando falar com o próprio prefeito em busca de uma solução para o problema. Quando finalmente conseguiram falar com o mesmo os ânimos se exaltaram, houve bate boca entre o prefeito e os agentes de saúde chegando quase as vias de fato no interior da prefeitura. 



Antes disso, uma comissão dos agentes estive na rádio Sapé FM dando entrevista ao vivo sobre a situação de calamidade em que se encontra a categoria na tentativa de sensibilizar os gestores no sentido de resolver a questão. Os trabalhadores contaram com o apoio do vereador Clóves Santos.

Os Agentes Comunitários de Saúde, através de uma comissão formada por representantes do SINDACSACEN e da Associação local da categoria, tanbém estiveram no setor de finanças da secetaria de saúde em busca de definições em relação ao pagamento do salário do mês de novembro e prometeram tomar medidas drásticas caso a gestão não relize o pagamento dos seus salários.

Da redação

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Pasta com flúor somente após 5 anos de idade


Via Blog da Saúde

por Conceição Lemes

Que imagens veem à sua cabeça quando o assunto é higiene bucal da criança?  Nós apostamos. Quase certamente uma delas é aquela do menininho ou menininha se esforçando para alcançar a pia do banheiro para escovar os dentes. Acertamos?
“Só que a higiene bucal deve ser feita desde o nascimento”, alerta o cirurgião-dentista Marcelo Fava, diretor do Departamento de Odontologia do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP. “Deve ser iniciada antes mesmo de aparecerem os dentinhos.”
Com a ponta da fralda ou gaze umedecida, higienize a boca do bebê após cada mamada ou refeição. É para tirar os resíduos de leite e alimentos que, em contato com as bactérias locais, causam cáries.  Limpe gengiva, língua, céu da boca, parte interna das bochechas e dentes, se houver.
Blog da Saúde — Por que fazer a higiene bucal desde o nascimento se os dentinhos só aparecem aos 6 meses de idade?
Marcelo Fava — É para a mãe já ir se acostumando, a fazer a limpeza. Também para evitar a replicação das bactérias que provocam cáries.
Blog da Saúde — Mas os dentinhos podem nascer com cárie caso a mãe não faça a higiene?
Marcelo Fava –Não. As cáries só podem aparecer depois que os primeiros dentinhos (incisivos inferiores, os dois da frente, parte debaixo) despontarem. A higiene bucal é uma questão de hábito. É uma medida educativa. Ela é essencial à promoção da saúde desde o nascimento.
Blog da Saúde –Com que idade deve-se começar a escovar os dentinhos da criança, usando creme dental? 
 Marcelo Fava – A partir de 1 ano de idade. Antes, a higiene bucal é feita com ponta da fralda ou gaze umedecida após cada mamada ou refeição.
Blog da Saúde –  Tem de ser com escova e pasta especiais?
Marcelo Fava – Escova de cerdas macias, pequena, em tamanho adequado à boca da criança. De 1 a 4 anos de idade, a pasta não deve conter flúor.
Blog da Saúde – Por quê?
 Marcelo Fava — A água de muitas cidades – São Paulo, por exemplo, — já contêm flúor.  Mesmo a água mineral, tem certa quantidade. Assim, se juntarmos o flúor da água com o da pasta de dente, já que a criança acaba engolindo sempre um pouco, ela estará exposta duas fontes.  Em conseqüência, pode ter fluorose, ou seja, mancha nos dentes.  Daí a contraindicação de creme dental com flúor onde a água distribuída à população já é fluoretada.
Blog da Saúde – Há pastas infantis sem flúor?
 Marcelo Fava – Sim, mas poucas. Descobrimos duas nacionais (Welleda e Malvatrikids Baby) e uma importada (First Teeth).
Blog da Saúde – Uma criança de 2, 3 anos já pode escovar os seus próprios dentes?
 Marcelo Fava – Como brincadeira, sim. Na frente do espelho, ela imita os pais, aprende os movimentos.  Mas a escovação de verdade, para higienizar mesmo, deve ser feita pelos próprios pais enquanto ela tiver de  1 a 4 anos de idade. A escovação é indispensável após cada refeição.
Blog da Saúde – Com quantos anos a criança pode usar pasta com flúor?
Marcelo Fava – Acima de 5 anos de idade, quando ela já consegue bochechar e cuspir a pasta.
Blog da Saúde – E com quantos anos a criança já pode escovar os seus próprios dentes?
Marcelo Fava – A partir dos 4. Mas sob supervisão dos pais.
Blog da Saúde – Nas propagandas, normalmente a escova fica cheia de pasta. A quantidade mostrada dos anúncios é a recomendada?
Marcelo Fava – Não. Está errada. A quantidade é equivalente a um grão de ervilha. Isso vale todo tipo de creme dental.
Leia também:
Terapeuta ocupacional do Instituto da Criança da USP ensina você a escolher  brinquedo para filho, sobrinho, neto 
Criança tem de praticar esporte ou fazer atividade física em escolinha? O pediatra João Guilherme Alves dá todas as dicas 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Sapé: mais um PSF interditado pelo CRM




Recipientes utilizados para acondicionar medicamentos




Via Marifuxico

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente, nesta terça-feira (4), a unidade do PSF Nova Brasília no município de Sapé. Várias irregularidades foram encontradas durante a fiscalização, que também percorreu outras quatro unidades do programa de saúde da família. O PSF de Nova Brasília foi interditado por não ter médico, medicamentos e ainda apresentar uma precária estrutura física para o atendimento à população.

De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça, a unidade Nova Brasília funciona em uma casa alugada de paredes conjugadas e sem ventilação. “O consultório médico parece um forno, pois não tem nenhuma janela, não tem ventilador nem ar-condicionado e a cadeira do médico encontra-se caindo aos pedaços, na pia não tem dispensador de sabão nem de papel toalha. Uma situação bastante lamentável”, destacou o conselheiro do CRM-PB.




Euripedes Mendonça disse ainda que a situação da saúde pública no município é bastante preocupante, já que dos 19 PSFs na cidade, apenas quatro contam com médicos. “Dos quatro que têm profissionais, um ainda está sem médico porque ele está de licença médica. O que apuramos é que os médicos estão há dois meses sem receber pagamento e como são prestadores de serviço só voltaram às unidades quando a situação for regularizada”, disse o diretor de Fiscalização.

Blog MAlém dos problemas identificados nos PSFs, o Hospital Municipal Sá Andrade também passa por dificuldades. “A situação é bastante crítica. O hospital que está sem médicos pelo mesmo motivo do atraso de pagamentos. Os PSFs que ainda contam com médicos estão sobrecarregados, sem medicamentos, sem copos descartáveis, sem esterilização segura, sem transporte adequado para o lixo. A situação da saúde em Sapé é gravíssima”, destacou.A fiscalização nas unidades do PSF foi solicitada pela Promotoria de Justiça da cidade. A partir da zero hora desta quarta-feira (5), a unidade do PSF Nova Brasília no município de Sapé não terá médico para atender os pacientes, devendo assim a população procurar outras unidades de saúde.
Com assessoria do CRM

MUDANÇAS NO FATOR PREVIDENCIÁRIO É ADIADO


A presidente Dilma Rousseff conseguiu adiar, para março de 2013, a discussão sobre mudanças no fator previdenciário, mecanismo redutor de aposentadorias precoces pelo INSS. Nesta terça-feira, ao mesmo tempo em que as centrais sindicais retomaram a mobilização para pressionar o governo e o Congresso a votarem o fim do fator, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acertou com os líderes partidários a criação de uma comissão especial, formada por 28 deputados, para tratar do tema. De nada adiantou a pressão de dirigentes das centrais sindicais, que, em defesa da votação de uma proposta alternativa ao fator ainda este ano, foram ao Palácio do Planalto solicitar uma audiência com Dilma. Pedido ainda sem resposta.

A mobilização dos sindicatos, agora, é pela votação da proposta consolidada pelo deputado licenciado Pepe Vargas (PT-RS) -atual ministro de Desenvolvimento Agrário -que prevê a instituição da chamada "fórmula 85/95" no lugar do atual fator previdenciário. Por essa fórmula, a aposentadoria pelo INSS (o teto hoje é R$ 3,9 mil) se daria quando a soma de idade e tempo de contribuição alcançasse 85 anos, para mulheres, e 95, para homens.

Por esse modelo 85/95 ainda haveria um redutor em caso de aposentadorias precoces, mas seria residual, enquanto que o fator atual reduz em até 30% o valor do benefício, dependendo da idade do contribuinte.

ACORDO CHEGOU A SER FEITO EM 2010

Essa fórmula chegou a ser negociada e acordada entre o Congresso, as centrais e o Planalto durante o governo Lula, em 2010. Mas Dilma não quis levar a proposta adiante, baseada em argumentos da equipe econômica de que essa regra não seria eficaz para reduzir o déficit da Previdência, principalmente por causa do aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Mesmo com críticas à falta de ação do governo, que prometeu no fim do primeiro semestre apresentar em dez dias uma proposta alternativa ao texto de Pepe Vargas -e não apresentou -, os líderes aliados concordaram ontem em adiar a votação do fim do fator.

Para as centrais sindicais, é mais uma "enrolação" do governo. Representantes das principais centrais, capitaneados pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, marcharam até o Planalto, mas foram recebidos apenas por José Lopes Feijó, assessor especial do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, interlocutor do governo com os movimentos sociais.

Após entregar o pedido de audiência ao assessor de Carvalho, Paulinho, acompanhado do deputado Ademir Camilo (PSD-MG) e de sindicalistas, disse que eles queriam ser recebidos pela presidente até 17 de dezembro, já que o Congresso encerra os trabalhos dia 20. Ele chegou a levar ao Planalto proposta de autoria de Camilo, ainda mais flexível que o texto de Vargas.

-Achamos que é um erro da presidente ficar contra o projeto. Esse substitutivo poderia livrar milhares de pessoas dessa aposentadoria medíocre que o governo paga. Já temos o apoio do Congresso para votar, mas a presidente está contra. O substitutivo é bom porque dá uma alternativa, na medida em que incentiva as pessoas a continuar trabalhando e terem perdas menores -disse Paulinho, na saída do Planalto.

Na chegada ao Planalto, por causa de outras manifestações que ocorriam na Praça dos Três Poderes, houve um certo tumulto, com a restrição de entrada de todos os sindicalistas. Entraram os dois deputados e mais dois sindicalistas. De volta ao Congresso e diante da decisão dos líderes, Paulinho protestou, com ameaças de obstrução:

-É a terceira comissão que criam para tentar aprovar o fim do fator. Hoje (ontem) existe um acordo de líderes e não teremos como obstruir as votações, mas nossa disposição é obstruir a votação do orçamento da presidente Dilma (Orçamento da União para 2013). Não temos o fim do fator, e ela não tem orçamento. O fator previdenciário é injusto com os trabalhadores que começam a trabalhar mais cedo, principalmente os mais pobres.

-O Feijó recebeu o pedido das centrais, vamos analisar -limitou-se a dizer, mais tarde, Gilberto Carvalho.

Nesta terça-feira, ao anunciar a criação da comissão, o presidente da Câmara dos Deputados voltou a dizer que de nada adiantaria pautar e votar a matéria, sob ameaça de veto presidencial:

-Votar para depois ser vetado é ganhar sem levar. O melhor é tentar discutir e encontrar uma alternativa -disse Maia, que afirmou várias vezes que queria fechar sua gestão com chave de ouro, aprovando mudanças no fator.

-Seria uma vitória de Pirro. Não adiantava aprovar e a presidente vetar. O melhor é criar a comissão, que irá negociar com os ministros do governo, e, em março, votar um texto de consenso -reforçou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).

Além da obstrução nas votações do Congresso, que será feita pelos partidos ligados aos sindicatos, as centrais sindicais pretendem fazer mobilizações pelas grandes capitais em defesa do fim do fator previdenciário. Principalmente em fevereiro, quando o Congresso voltar do recesso parlamentar do fim de ano.
Fonte: cintrajud

MUDANÇAS NO FATOR PREVIDENCIÁRIO É ADIADO


A presidente Dilma Rousseff conseguiu adiar, para março de 2013, a discussão sobre mudanças no fator previdenciário, mecanismo redutor de aposentadorias precoces pelo INSS. Nesta terça-feira, ao mesmo tempo em que as centrais sindicais retomaram a mobilização para pressionar o governo e o Congresso a votarem o fim do fator, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acertou com os líderes partidários a criação de uma comissão especial, formada por 28 deputados, para tratar do tema. De nada adiantou a pressão de dirigentes das centrais sindicais, que, em defesa da votação de uma proposta alternativa ao fator ainda este ano, foram ao Palácio do Planalto solicitar uma audiência com Dilma. Pedido ainda sem resposta.

A mobilização dos sindicatos, agora, é pela votação da proposta consolidada pelo deputado licenciado Pepe Vargas (PT-RS) -atual ministro de Desenvolvimento Agrário -que prevê a instituição da chamada "fórmula 85/95" no lugar do atual fator previdenciário. Por essa fórmula, a aposentadoria pelo INSS (o teto hoje é R$ 3,9 mil) se daria quando a soma de idade e tempo de contribuição alcançasse 85 anos, para mulheres, e 95, para homens.

Por esse modelo 85/95 ainda haveria um redutor em caso de aposentadorias precoces, mas seria residual, enquanto que o fator atual reduz em até 30% o valor do benefício, dependendo da idade do contribuinte.

ACORDO CHEGOU A SER FEITO EM 2010

Essa fórmula chegou a ser negociada e acordada entre o Congresso, as centrais e o Planalto durante o governo Lula, em 2010. Mas Dilma não quis levar a proposta adiante, baseada em argumentos da equipe econômica de que essa regra não seria eficaz para reduzir o déficit da Previdência, principalmente por causa do aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Mesmo com críticas à falta de ação do governo, que prometeu no fim do primeiro semestre apresentar em dez dias uma proposta alternativa ao texto de Pepe Vargas -e não apresentou -, os líderes aliados concordaram ontem em adiar a votação do fim do fator.

Para as centrais sindicais, é mais uma "enrolação" do governo. Representantes das principais centrais, capitaneados pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, marcharam até o Planalto, mas foram recebidos apenas por José Lopes Feijó, assessor especial do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, interlocutor do governo com os movimentos sociais.

Após entregar o pedido de audiência ao assessor de Carvalho, Paulinho, acompanhado do deputado Ademir Camilo (PSD-MG) e de sindicalistas, disse que eles queriam ser recebidos pela presidente até 17 de dezembro, já que o Congresso encerra os trabalhos dia 20. Ele chegou a levar ao Planalto proposta de autoria de Camilo, ainda mais flexível que o texto de Vargas.

-Achamos que é um erro da presidente ficar contra o projeto. Esse substitutivo poderia livrar milhares de pessoas dessa aposentadoria medíocre que o governo paga. Já temos o apoio do Congresso para votar, mas a presidente está contra. O substitutivo é bom porque dá uma alternativa, na medida em que incentiva as pessoas a continuar trabalhando e terem perdas menores -disse Paulinho, na saída do Planalto.

Na chegada ao Planalto, por causa de outras manifestações que ocorriam na Praça dos Três Poderes, houve um certo tumulto, com a restrição de entrada de todos os sindicalistas. Entraram os dois deputados e mais dois sindicalistas. De volta ao Congresso e diante da decisão dos líderes, Paulinho protestou, com ameaças de obstrução:

-É a terceira comissão que criam para tentar aprovar o fim do fator. Hoje (ontem) existe um acordo de líderes e não teremos como obstruir as votações, mas nossa disposição é obstruir a votação do orçamento da presidente Dilma (Orçamento da União para 2013). Não temos o fim do fator, e ela não tem orçamento. O fator previdenciário é injusto com os trabalhadores que começam a trabalhar mais cedo, principalmente os mais pobres.

-O Feijó recebeu o pedido das centrais, vamos analisar -limitou-se a dizer, mais tarde, Gilberto Carvalho.

Nesta terça-feira, ao anunciar a criação da comissão, o presidente da Câmara dos Deputados voltou a dizer que de nada adiantaria pautar e votar a matéria, sob ameaça de veto presidencial:

-Votar para depois ser vetado é ganhar sem levar. O melhor é tentar discutir e encontrar uma alternativa -disse Maia, que afirmou várias vezes que queria fechar sua gestão com chave de ouro, aprovando mudanças no fator.

-Seria uma vitória de Pirro. Não adiantava aprovar e a presidente vetar. O melhor é criar a comissão, que irá negociar com os ministros do governo, e, em março, votar um texto de consenso -reforçou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).

Além da obstrução nas votações do Congresso, que será feita pelos partidos ligados aos sindicatos, as centrais sindicais pretendem fazer mobilizações pelas grandes capitais em defesa do fim do fator previdenciário. Principalmente em fevereiro, quando o Congresso voltar do recesso parlamentar do fim de ano.
Fonte: cintrajud